terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sonhar. Fazer o tempo parar no tempo que corre e olhar o céu angelical que, daqui deitada sobre o deserto de areia e mar, mostra a sua imensidão de histórias, de contos e fantasias. “- Quem és tu que me persegue no infinito da imaginação que também pintas?”
Fechar os olhos. Inspirar uma breve e profunda fragrância de maresia, que entra nos sentidos e consome os pensamentos, desprendendo-os de tudo o que os rodeia. “- Já te vi tantas vezes e desconheço-te o rosto, o saber!”
Enterrar as mãos na areia dourada e levantá-las lentamente... sentir os grãos, que sibilam ao sabor do vento, a escorrerem pelos recantos dos dedos...” – Quantas noites estes dedos sonharam delinear os caminhos da tua pele que desconheço, mas que lhe sei cada traço, cada contorno. Quantas, quantas não são aquelas em que seco as tuas lágrimas e o teu suor?”
Arrepiar a alma... um toque de mar, de ondas que rebentam contra os pés. “– Por onde andas? Sei que trilhas o mesmo caminho que eu, que pisas os meus passos tal como eu piso os teus.”
Silêncio. O silêncio é profundo... tão profundo que se sente com o olhar!!! “- Quem és tu? Um príncipe encantado que anda por ai a galope do seu cavalo branco? Um ladrão de sonhos guardados no fundo de um baú por descerrar?”
As cores confundem-se sobre a tela de natureza, que rodeia esta praia de fantasias. “- Onde te escondes trovador de devaneios por compor? Talvez atrás do pôr-do-sol que se começa a esborratar sobre o quadro do horizonte.”

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